Tudo que é demais cansa e dá prejuízo

Fernando de Barros
O jornalista Cláudio Alcântara em sua coluna semanal do Diário do Vale, abordou de uma forma bem inteligente – como aliás sempre faz, a questão do boom teatral que a cidade de Volta Redonda, em especial, e a região sul-fluminense, em geral, tem passado nos últimos meses.
Para termos uma idéia do atual cenário no mês de junho e julho, praticamente tivemos espetáculos todas às semanas.
O internauta há de perguntar: isso não é bom? A resposta é: bom é, mas até quando.
Afinal o público que vai ao teatro é praticamente o mesmo. Convido qualquer um de vocês a ficar na entrada do Gacemss e verificar isso in loco.
E os valores não são altos, mas também pesam um pouco, porque quem vai sempre está acompanhado e vai gastar no mínimo R$ 50 fora pipoca, refrigerantes, amendoim e o lanche no final do espetáculo. Dá coisa de R$ 70.

Também há o fator do apoio ao teatro. Ainda são bem poucos os empresários dispostos a investir neste segmento.
Não que não haja incentivo do governo. Há e é bom. Mas, sim por falta de vontade ou quem sabe de hábito. Por isso, os produtores ficam cada vez mais disputando as verbas destas empresas que não são lá muito alta.
Alguns têm mais sucesso e conseguem contratos longos, mas e os outros?
Em minha opinião e que também é a do Cláudio, está na hora de haver um planejamento por parte dos produtores.
Sentarem, conversarem e planejarem a vinda destes espetáculos a cidade. Se isso não acontecer podem estar acabando “com a galinha dos ovos de ouro” em pouco tempo.