
Lógico que corpos sarados e rostos harmônicos sempre fizeram e continuarão fazendo sucesso, mas outros atributos, como cheiro e voz, além de características psicológicas como humor, têm se mostrado cada vez mais determinantes para a vitória ou derrota dos participantes dessa conquista.Isso sem contar, claro, os aspectos culturais, que nos diferenciam dos outros animais. “Vários estudos mostram que nossa preferência sexual tem um caráter genético, tanto que você prefere o gênero masculino ou feminino por uma determinação que cada vez mais os estudiosos vão localizando dentro do DNA. Mas é lógico que nada como a cultura e o ambiente para modificar a genética”, diz a psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora geral do ProSex, Projeto de Sexualidade do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo.
Um dos sentidos utilizados durante a conquista é olfato,segundo as recentes descobertas da ciência. O bom parceiro é aquele que cheira bem. E não estamos falando (só) de banho e desodorante, mas da influência inconsciente que o olfato desempenha na escolha do melhor companheiro para a procriação — lembrando que esse critério também é inconsciente, afinal, há alguns milhares de anos, quando nosso cérebro foi programado para selecionar pretendentes de acordo com sua capacidade reprodutiva, ninguém se preocupava muito com planejamento familiar. E ainda não deu tempo de nosso principal órgão se atualizar, já que a velocidade das nossas alterações biológicas não acompanha a das culturais.Apesar de não nos darmos conta, temos um olfato apuradíssimo para detectar um conjunto de genes conhecido como MHC (complexo de histocompatibilidade principal, na sigla em inglês), que controla o sistema imunológico e infl uencia a rejeição de tecidos. Quanto mais parecido o MHC do casal, maiores as chances de o útero rejeitar o feto. Portanto, nesse caso (e só nesse), a máxima de que os opostos se atraem está corretíssima.
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